quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Militares atuarão no Rio o tempo que for necessário, afirma Lula

Militares atuarão no Rio o tempo que for necessário, afirma Lula.

'Fiquei feliz com o Sérgio Cabral ter pedido apoio', declarou.
Ele visitou obras de usina hidrelétrica em Estreito, no Maranhão.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça (30), em entrevista depois de visitar as obras da usina hidrelétrica de Estreito, no Maranhão, que as Forças Armadas continuarão no combate ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro o tempo que for necessário.
Lula falou sobre a parceria entre os governos do Estado e federal na operação. Ele observou que o governo federal só pode enviar tropas após pedido formal do governador Sergio Cabral (PMDB), como prevê a Constituição.
"Eu fiquei feliz com o Sérgio Cabral ter pedido apoio. Nós não podemos interferir. Ele teve sensibilidade, humildade e competência de pedir o apoio e prontamente atendemos", disse.
Questionado se o governo federal tinha sido negligente na fiscalização das fronteiras, porta de entrada de armamentos, Lula respondeu: "O importante é que estamos trabalhando em conjunto", referindo-se ao governo do Rio.
Ele ressaltou que no seu governo as Forças Armadas passaram a atuar com poder de polícia na vigilância das fronteiras e que fez parcerias com governos vizinhos e está comprando aviões para patrulhamento. "Vamos controlar melhor nossas fronteiras", disse.
Wikileaks
Lula minimizou a divulgação de telegramas da diplomacia norte-americana pelo site Wikileaks, que aponta suposta corrupção no governo brasileiro.
Eu acho que as coisas que vi são insignificantes, que não merecem ser levadas a sério. Na verdade, não sou obrigado a acreditar num telegrama do embaixador americano", disse.
Em um telegrama secreto revelado pela organização Wikileaks, o embaixador norte-americano em Brasília, Clifford Sobel, teria avaliado que o presidente Lula concluirá seus oito anos de governo com uma gestão marcada pela corrupção entre seus "mais próximos aliados", com uma "praga" de compra de votos no PT e sem ter dado uma resposta ao crime no Brasil.
Lula minimizou também a informação de que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, segundo a organização, teria dito ao embaixador que o ministro de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, odeia os Estados Unidos.
"Eu tenho certeza do comportamento do Jobim e tenho certeza do comportamento do Samuel. Eles são amigos e um não falaria mal do outro", afirmou Lula. Nesta terça, Jobim divulgou nota nesta terça negando a informação.

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