Eles viveram momentos de terror no dia dos ataques de nativos contra brasileiros. Eles disseram que fugiram nadando pelo rio e caminharam horas na mata para poder se salvar.
Dezenas de brasileiros chegaram nesta segunda-feira do Suriname. Eles deixaram o país com medo de novos ataques contra estrangeiros, como o que aconteceu na noite de Natal. No desembarque do primeiro voo comercial vindo de Paramaribo na tarde desta segunda-feira, alívio e preocupação. Uma mulher mostrava uma foto, e perguntava se alguém havia visto a filha. Entre os 66 passageiros, muitos deixaram o Suriname com medo de novos conflitos. Cinco garimpeiros que sobreviveram ao ataque chegaram na noite de domingo a Belém, em um avião da Força Aérea Brasileira. Os brasileiros contaram que passaram momentos de pânico. Eles disseram que fugiram nadando pelo rio e caminharam horas na mata para poder se salvar. "Foi uma noite de pânico do dia 24 para o dia 25 de dezembro", conta um passageiro.
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O conflito começou quando um homem surinamês, de uma comunidade de descendentes de escravos, foi esfaqueado numa briga com um brasileiro. "Ele tinha fama de bater em muito brasileiro e roubar. Dessa vez, não deu certo", conta um dos garimpeiros brasileiros. Os brasileiros disseram que um grupo de quilombolas decidiu revidar e saiu pela cidade de Albina destruindo tudo. O conflito começou por volta das 20h e só terminou quando o dia clareou. "Fizeram quebra-quebra. Quebraram tudo, foram cortando gente, jogando na água, foi aquela correria doida", diz Antonio José Silva. "Eles tocaram fogo em postos de gasolina, queimaram dois supermercados dos chineses. Bateram em todo mundo. Parecia filme de terror", completa Lima.
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