Vítimas de ataque deixaram tudo para trás em Albina, diz enviado.
Ouça o relato do repórter Júlio Mosquéra, direto de Paramaribo.
Do G1, em São Paulo
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Foto: Reprodução / Arte G1 Mapa mostra a localização da capital do Suriname, Paramaribo, e da cidade de Albina, local dos ataques (Foto: Reprodução / Arte G1)Em Paramaribo, capital do Suriname, o clima entre os brasileiros que se preparam para voltar ao Brasil é de tristeza e revolta, relata o enviado especial da TV Globo ao país, Júlio Mosquéra (clique no player acima para ouvir o boletim).
Muitos dos que foram vítimas do ataque por um grupo de quilombolas, conhecidos como marrons, na véspera do Natal, resistem a retornar ao país.
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Isto porque, afirma o repórter, "eles não apenas foram agredidos brutalmente como também perderam tudo". "O que tinham ficou em Albina. É um retorno difícil em que eles sabem que vão ter que recomeçar a vida. Por isso mesmo muitos brasileiros preferem continuar por aqui", diz Mosquéra.
Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou às 12h40 desta quarta-feira da Base Aérea de Brasília em direção ao Suriname, com o objetivo de resgatar um grupo de brasileiros que pediu ajuda para deixar o país.
Insegurança em Albina
O clima em Albina ainda é tenso. A cidade, que fica a 150 km de Paramaribo, capital do Suriname, ainda não está receptiva aos brasileiros. "Conversei com o chefe de policia da cidade, ele disse que ainda não tem condições de dar segurança para que os brasileiros retornem ao dia a dia da cidade", relata o repórter.
"Os marrons, que são os surinameses nativos da região, dizem abertamente que este conflito com os brasileiros pode ainda trazer mais problemas se eles retornarem para onde trabalhavam antigamente. O que se espera agora é que a situação se apazigúe e só depois disso os brasileiros tenham condições de retornar", diz. Cerca de 150 brasileiros deixaram a cidade e foram para Paramaribo.
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