Brindes tecnológicos viram tendência de mercado
Os produtos estão cada vez mais sofisticados para acompanhar as mudanças no comportamento dos consumidores.Uma ímã de geladeira dispensa o papel para deixar recado. Ele é um aparelho que grava, reproduz voz e a imagem, como se fosse uma TV.
O empresário Jeferson Vieira apostou em tecnologia. Ele está no mercado de brindes há 20 anos. Hoje, ele importa da China itens como mini aspiradores de teclado, TV digital e chaveiros pen drive. Com investimento em tecnologia, o empresário aumentou o faturamento em mais de 50%.
“A margem de lucro varia entre 9 a 17% e depende dos modelos, dos produtos, da variação de aceitação do mercado”, diz Jeferson.
Os artigos são de qualidade e cheios de inovações, há chaveiros que viram caixinhas de som. O empresário deve recuperar o investimento até o final do ano. Para isso, conta com uma lista de 20 mil clientes cadastrados.
São mais de 2 mil opções de brindes entre os tradicionais e os mais sofisticados. Para ganhar mercado, a empresa aposta na exclusividade. Atualmente, brindes que se destacam pela tecnologia já representam 50% das vendas.
Um mp3 em formato de Squeeze custa R$ 280. O pen drive a prova d’água é mais barato, R$ 40. Esse é o carro-chefe de vendas, são cerca de 4 mil unidades por mês.
“O mercado tinha um aumento de 50% no final do ano. Agora, por conta de vários eventos, congressos durante o ano tiveram um aumento muito grande. Esse aumento das vendas permanece durante o ano inteiro”, diz Jefferson.
Para atender à demanda crescente, 30 funcionários trabalham no escritório e na linha de produção. Lá, as peças são personalizadas com maquinários modernos e a gravação a laser é simples e fica pronta em segundos.
Por fim, os produtos são embalados. Mais da metade dos clientes é do mercado corporativo.
“A estratégia é trabalhar com produtos diferenciados. Buscar novidades, inovações totalmente exclusivas”, garante o empresário.
O empresário Julio Landmann é um dos clientes da empresa de brindes. Quatro vezes por ano, ele encomenda os produtos tecnológicos. No último pedido, gastou quase R$ 4 mil em pen drives personalizados.
“Virou um objeto de desejo. Está sendo muito procurado, eu acho que foi uma escolha excelente nossa e vamos ficar agora nessa área mais tecnológica. Parece ser um diferencial importante”, comentou Julio Landmann, cliente.
Já o empresário Luciano Bigarelli está no mercado de brindes há 15 anos. Ele começou a trabalhar com a linha tecnológica há quatro anos. Para crescer, a estratégia dele foi terceirizar a produção. Com a mudança o empresário reduziu 40% dos gastos.
“O que nós tínhamos de funcionários internos e maquinário, nós repassamos todo esse serviço pra fora onde a gente tem essa vantagem que a gente pode oferecer ao cliente de redução de custo e atendimento em até 24 horas de todos os produtos”, diz ele.
Para montar uma empresa de brindes o investimento inicial é de R$50 mil. O valor inclui a importação de produtos e a personalização.
O empresário Luciano tem estoque de mp3 e mp4, mini mouse wireless, chaveiro bafômetro e pen drive estilizado. A peça é em acrílico no formato do produto do cliente. O preço médio é de R$ 50 a unidade.
Em sua empresa ele faz cerca de 500 orçamentos por mês. Ele tem sete funcionários, e para aumentar as vendas, faz promoções.
“No último trimestre do ano é onde a gente ganha no volume. Onde a gente investe mais num preço competitivo, baixamos o preço pra gerar um volume de vendas e poder atender todo mundo”, explica Luciano.
Com os brindes tecnológicos, as vendas da empresa cresceram 70%. O faturamento médio é de R$ 150 mil por mês. A divulgação é feita em revistas especializadas e sites. O empresário usa a internet como uma ferramenta para conquistar clientes de graça.
“A gente usa muito o sistema de envio de newsletter, com promoções pros clientes cadastrados, e as mídias sociais. As mídias sociais correspondem hoje a 50% do nosso faturamento, o que além de tudo é grátis. Não tem um investimento mensal de patrocínio em propagandas”, diz ele.
Denise Sousa Medeiros é cliente de Luciano Bigarelli. Ela tem uma loja de informática e gasta até R$ 50 mil cada vez que faz encomenda. Para Denise, o negócio vale a pena porque fideliza o cliente.
“A tecnologia é o mundo dele, então nada como presenteá-lo com aquilo que ele trabalha no seu dia a dia. Que ele usa né?”, diz Denise.
O setor de brindes registrou um faturamento de R$ 4, 5 bilhões no ano passado. Luiz Salvador, organizador da maior feira de brindes do país, acredita que o setor vai fechar 2010 com crescimento de 10 a 12%. E os itens tecnológicos representaram 25% dos negócios.
“O pen drive, mp3, mp4, esse gravador de mensagens são as coqueluches do momento”,diz Luiz Roberto.
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