quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Acidente em Aracaju traz lembrança de outra tragédia na mesma rodovia

Acidente em Aracaju traz lembrança de outra tragédia na mesma rodovia

Vinte anos atrás, um acidente envolvendo um de dois gêmeos chocou a cidade. Agora, a morte de outra gêmea de 18 anos trouxe o antigo trauma de volta à lembrança dos moradores.

Em Aracaju, duas famílias perderam seus filhos em circunstâncias muito parecidas. Foram dois acidentes: um aconteceu há poucos dias, o outro há mais de 20 anos.

“As pessoas esquecem e acontece de novo, acontece de novo”, afirma Marcelo Pais, pai de Marcela. Para ele, não há como esquecer. Ele perdeu a filha de 18 anos em um acidente de trânsito.
“É desesperador uma filha que eu considerava tão linda, inteligente e só me dava orgulho”, lamenta o pai.
Marcela e a irmã gêmea estavam em um carro, dirigido por um amigo de 18 anos. Eles voltavam de um bar na praia de Aracaju. O jovem perdeu o controle da direção, bateu em um poste e capotou várias vezes. No inquérito policial, a constatação: direção e álcool.
O acidente foi tão violento que ganhou destaque no noticiário local. A imprensa mostrou detalhes da história. Foram esses detalhes que fizeram ressurgir outra tragédia vivida na mesma rodovia há mais de 20 anos.
De uma hora para outra, Maria Lúcia Beraim reviveu um drama: o filho Rogério, de 8 anos, que morreu atropelado quando voltava da praia com a família. “As coincidências foram tão grandes que chocam demais”, diz a mãe de Rogério.
O motorista que atropelou e matou Rogério era um menor de 17 anos. Hoje pai de Leonardo, que estava ao volante quando Marcela morreu. Nos dois casos, as vítimas eram filhos gêmeos. “É um trauma que não desaparece, não vai desaparecer nunca. É uma dor muito grande só sabe quem passa por essa dor”, comenta o irmão.
 

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